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Os cartões de crédito são uma ferramenta prática e útil, mas, quando mal utilizados, podem transformar-se numa fonte de dívidas e problemas financeiros.

Muitos portugueses acabam por cair em armadilhas comuns, que comprometem a saúde financeira. Neste artigo, vamos ver os erros mais frequentes na utilização dos cartões de crédito e oferecer dicas para que os evites.

1. Pagamento do valor mínimo da fatura

Pagar apenas o valor mínimo da fatura é um dos erros mais comuns e potencialmente mais perigosos. Quando optas por esta alternativa, o restante do saldo não pago acumula-se, incidindo juros elevados sobre ele.

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Embora possa parecer uma forma de aliviar as despesas num determinado mês, a médio e longo prazo, esta prática pode resultar numa dívida substancial que se torna cada vez mais difícil de liquidar.

Como evitar: O ideal é pagar sempre o valor total da fatura ou, pelo menos, o máximo que conseguires, para minimizar os juros. Se o pagamento do total não for possível num mês específico, certifica-te de que essa é uma exceção e não a regra. Tenta ajustar o orçamento para evitar que isso se torne um hábito.

2. Desconhecer as taxas de juro e os custos associados

Outro erro comum é não conhecer as taxas de juro e os encargos do cartão de crédito. Cada cartão possui uma taxa de juro associada, chamada TAEG (Taxa Anual Efetiva Global), que define o custo do crédito, e a TAE (Taxa Anual Efetiva), que é a taxa aplicada em situações de atraso.

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A falta de conhecimento sobre estas taxas pode levar a surpresas desagradáveis, especialmente se existirem outras comissões, como anuidades ou taxas por saque de dinheiro.

Como evitar: Antes de adquirires um cartão, lê atentamente o contrato e as condições associadas. Verifica a TAEG e todas as taxas que possam ser aplicadas, para teres a certeza de que estás a fazer uma escolha informada.

Se já tens um cartão, consulta o teu extrato e observa a taxa de juro que está a ser aplicada. Em caso de dúvida, contacta o teu banco e pede esclarecimentos.

3. Utilizar o cartão de crédito para despesas do dia-a-dia

Usar o cartão de crédito para compras do quotidiano é uma prática comum, mas pode ser arriscada.

Ao realizar pequenas compras diárias com o cartão de crédito, é fácil perder o controlo das despesas e acumular um saldo elevado, que será difícil de pagar no final do mês.

Como evitar: Reserva o cartão de crédito para despesas maiores, como compras que sejam difíceis de pagar em dinheiro ou que estejam associadas a alguma vantagem específica, como acumulação de pontos ou cashback.

Para as despesas diárias, como supermercado e refeições, usa o cartão de débito ou dinheiro. Se fores rigoroso com o uso do cartão de crédito, evitarás acumular dívidas que possam comprometer o teu orçamento.

4. Ter múltiplos cartões de crédito

É tentador ter vários cartões de crédito para aproveitar diferentes benefícios e limites. No entanto, a manutenção de múltiplos cartões pode ser uma fonte de complicação e levar a um descontrolo das finanças.

Quanto mais cartões tiveres, maior será a possibilidade de fazeres compras desnecessárias e perderes o controlo das datas de pagamento, o que pode resultar em juros elevados e penalizações.

Como evitar: Se possível, limita-te a um ou dois cartões de crédito. Ao teres apenas um cartão, simplificas a gestão financeira e minimizas o risco de acumulação de dívidas. Mantém o foco no cartão que oferece mais benefícios e utiliza-o de forma responsável.

5. Ignorar o impacto do crédito no teu orçamento

Muitos portugueses cometem o erro de ignorar o impacto das dívidas do cartão de crédito no orçamento mensal.

O saldo devedor do cartão representa uma dívida que precisa de ser paga, mas algumas pessoas consideram o limite do cartão como um rendimento adicional e gastam sem planeamento. Esse tipo de prática coloca o orçamento em risco e gera desequilíbrio financeiro.

Como evitar: O cartão de crédito deve ser considerado como uma ferramenta para compras planejadas e não como uma extensão do teu rendimento. Define um orçamento mensal e evita gastar mais do que podes pagar no final do mês.

Uma boa prática é ter uma noção clara de quanto podes gastar mensalmente, considerando o valor disponível no cartão de crédito como uma parte do teu orçamento, e não um complemento.

6. Não rever os extratos mensais

Os extratos do cartão de crédito são fundamentais para um bom controlo das despesas.

No entanto, muitos consumidores deixam de rever os extratos mensais, o que pode resultar em problemas, como cobranças indevidas, erros no cálculo dos juros ou até transações fraudulentas.

A falta de atenção aos extratos leva, muitas vezes, a uma acumulação de encargos adicionais, e até ao risco de não identificares sinais de fraude a tempo.

Como evitar: Rever o extrato mensal do cartão de crédito deve ser um hábito. Analisa todas as transações e verifica se os valores e as datas estão corretos.

Caso encontres alguma transação suspeita ou um valor que desconheças, contacta imediatamente o teu banco para obteres esclarecimentos. Além disso, esta prática ajuda-te a tomar consciência dos teus gastos e a corrigir eventuais excessos.

Dicas para uma utilização responsável do cartão de crédito

Para além de evitar os erros acima, há algumas dicas que podem ajudar-te a ter uma relação saudável com o cartão de crédito:

  • Estabelece um limite pessoal de despesas: Define um valor máximo mensal que estás disposto a gastar no cartão de crédito, mesmo que o teu limite seja superior.
  • Utiliza o crédito de forma estratégica: Sempre que possível, opta por utilizar o crédito em situações que ofereçam benefícios, como promoções, acumulação de pontos ou descontos em estabelecimentos parceiros.
  • Evita saques a crédito: Levantar dinheiro com o cartão de crédito geralmente implica custos adicionais, como taxas elevadas e juros mais altos. Só opta por esta alternativa em situações de emergência.
  • Mantém-te atento às condições do cartão: Os bancos podem alterar as condições dos cartões de crédito, como taxas de juro e anuidades. Fica atento a essas mudanças e, se for necessário, considera a possibilidade de mudar de cartão para um com melhores condições.

Perguntas frequentes

Qual é o valor ideal para pagar da fatura do cartão de crédito?

O ideal é pagar o valor total da fatura para evitar juros. Caso isso não seja possível, paga o máximo que conseguires e tenta ajustar o orçamento para cobrir o total no mês seguinte.

É recomendável ter mais do que um cartão de crédito?

Depende. Ter mais de um cartão pode ser vantajoso para quem sabe gerir as suas finanças e quer usufruir de benefícios específicos de cada cartão. No entanto, para a maioria das pessoas, ter um cartão é suficiente e permite um melhor controlo financeiro.

O que devo fazer se notar uma transação suspeita no meu extrato?

Contacta imediatamente o teu banco e informa-te sobre os passos a seguir para investigar a transação. Em caso de fraude, o banco poderá bloquear o cartão e emitir um novo para garantir a tua segurança.

Qual é a diferença entre a TAE e a TAEG?

A TAE representa a taxa aplicada em situações de atraso, enquanto a TAEG é a taxa global que reflete o custo total do crédito, incluindo juros e encargos adicionais. Ambas devem ser conhecidas antes de fazeres uso do crédito.

Posso cancelar um cartão de crédito em qualquer altura?

Sim, mas é importante verificar as condições. Em muitos casos, o banco pode cobrar uma taxa de cancelamento, especialmente se o cartão tiver anuidades. É recomendável pagar o saldo em dívida antes de proceder ao cancelamento para evitar encargos adicionais.

Usando estas dicas e evitando os erros mencionados, poderás fazer um uso consciente e controlado do cartão de crédito, garantindo uma boa saúde financeira e evitando o stress de dívidas desnecessárias.

 

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